Protocolo de Manchester
Manchester: Triagem de Classificação de Risco
O Protocolo de Manchester é uma estratégia de reorganização das filas de atendimento nos serviços de saúde através de uma classificação de urgência de através de cores.
Esse sistema foi desenvolvido por um grupo de profissionais especializados em triagem na cidade de Manchester, Inglaterra, no ano de 1994 (JÚNIOR, SALGADO e CHIANCA, 2012).
Como é realizado o Protocolo de Manchester?
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O Sistema de Classificação de Risco de Manchester é realizado pelo enfermeiro, através de uma avaliação inicial, partindo da queixa principal do usuário.
Em seguida, é realizado uma pequena anamnese e um mini exame físico de modo a estabelecer agilidade e eficiência na classificação de risco do paciente, promovendo atendimento imediato ao paciente com risco de vida e orientando o paciente que não corre risco imediato, sobre o tempo provável de espera.
Cores
Durante a realização do protocolo, o enfermeiro anota os sinais vitais e faz um julgamento clínico classificando o paciente em cinco categorias de sinais e sintomas:
- Emergência (vermelho) – Atendimento da equipe de urgência deve ser imediato;
- Muito urgente (laranja) – Atendimento em até 10 minutos;
- Urgente (amarelo) – Atendimento em até 60 minutos;
- Pouco urgente (verde) – Atendimento em até 120 minutos.
- Não urgente (azul) – Atendimento em até 240 minutos.
Essa classificação organiza a fila de espera para atendimento de acordo com a gravidade, visando atingir o princípio da equidade do SUS.
Além disso, a equidade visa dispensar um atendimento rápido para quem está com maior risco de vida.
Protocolo de manchester: exemplos
Sobre os critérios que são utilizadas para realizar a classificação de risco, utiliza-se as seguintes palavras-chaves:
Cor Vermelha
- Comprometimento de vias aéreas;
- Respiração inadequada;
- Choque (ex: hemorragia enxanguinante);
- Convulsão;
- Criança irresponsiva.
Cor Laranja
- Dor intensa (ex: Dor cardíaca) e moderada;
- Hemorragia maior incontrolável;
- Alteração da consciência;
- Dispneia intensa;
- Criança febril;
- Pulso anormal.
Cor Amarela
- Dor pleurítica;
- História cardíaca;
- Vômito persistente;
- Hemorragia menor incontrolável;
- História de inconsciência;
- adulto febril.
Cores Verde e Cor Azul
- Dor leve;
- Vômito;
- Febre baixa;
- Problema recente.
Vale informar que, os pacientes que foram classificados com as cores verde ou azul, podem ser encaminhados para as unidades da rede municipal de saúde, como as unidades básicas de saúde.
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Referências Bibliográficas
ANZILIEIRO, et al. Sistema Manchester: tempo empregado na classificação de risco e prioridade para atendimento em uma emergência, Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 34, n.4, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rgenf/a/ZPt8CVtgXpftkT7MszL8KtP/?lang=pt>. Acesso em 16 de mar. de 2022.
JÚNIOR, Domingos Pinto; SALGADO, Patrícia de Oliveira; CHIANCA, Tânia Couto Machado. Validade preditiva do Protocolo de Classificação de Risco de Manchester: avaliação da evolução dos pacientes admitidos em um pronto atendimento. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 20, n. 6, dez. de 2012. Disponível em <https://www.scielo.br/j/rlae/a/zhQNMVSnMr53scQRVJ7jNYm/?lang=pt#:~:text=Esse%20protocolo%20foi%20desenvolvido%20na,de%20risco%20em%20cinco%20categorias>. Acesso em 16 de mar. de 2022.