Classificação de Cirurgias – Como é realizada?

Classificação das Cirurgias: Tudo o que você precisa saber!

A cirurgia ou operação é o tratamento de uma doença, lesão ou deformidade externa ou interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico.

Deste modo, fala-se em cirurgia, quando temos como finalidade o tratamento de tratar uma deformidade ou seja, um problema no organismo de uma pessoa.

Esse problema a ser tratado, pode ser tanto externo, como por exemplo um corte, ou interno, quando  por exemplo, temos que retirar um coágulo por exemplo da região do cérebro, como a craniectomia.

Neste artigo, você estudará as classificação das cirurgias quanto à finalidade, urgência e potencial de contaminação.


Classificação das cirurgias quanto à finalidade

Qual é a classificação das cirurgias

Segundo Hinkle e Cheever (2020), a decisão de realizar uma cirurgia pode basear-se:

  • Curativa;
  • Paliativa;
  • Transplante;
  • Diagnóstica;
  • Plástica Reconstrutiva;
  • Plástica Construtiva.

Cirurgia Curativa: Tem finalidade de debelar a doença. Ex.: apendicectomia, colecistectomia.

Cirurgia Paliativa: Quanto a cirurgia não conseguirá resolver o problema de saúde do paciente, no entanto, o procedimento cirúrgico é capaz de atenuar ou aliviar os sintomas. Ex.: Gastrostomia

Transplante: Realizar a substituição de órgãos ou estruturas não funcionantes. Ex.: Transplante de rins.

Cirurgia Diagnóstica: Tem a finalidade de realizar uma confirmação diagnóstica. Ex.: Laparotomia Exploradora, Biópsia.

Plástica Reconstrutiva: Procedimento cirúrgico com a finalidade estética ou reconstrutura. Ex.: Enxerto de pele após de terceiro grau, mamoplastia pós câncer.

Plástica Construtiva: Reestabelecer a funcionalidade alterada em consequência de má formação fetal. Ex. fissura palatina.

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Classificação de cirurgia de acordo com a urgência

As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência em:

  • Cirurgias de Emergência;
  • Cirurgias de Urgência;
  • Cirurgias Necessárias;
  • Cirurgias Eletivas;
  • Cirurgias Opcionais.

Cirurgias de Emergência: O cliente necessita do procedimento cirúrgico imediatamente, caso isso não ocorra, irá a óbito. Exemplo: Hemorragia significativa, fraturas e lesões cerebrais graves.

Os agravos potencialmente fatais, exigem cirurgias de emergência, pois exigem atenção imediata, mais rápida possível.

Cirurgias de Urgência: A cirurgia poderá ocorrer entre 24 a 30 horas. Exemplo: Cálculos renais ou uretrais.

Cirurgias Necessárias: O cliente necessita de realizar a cirurgia para reestabelecer a função de um órgão. Exemplo: Catarata.

Cirurgias Eletivas: O usuário necessita de realizar a cirurgia, no entanto, é possível viver sem a realização do procedimento cirúrgico, com uma qualidade de vida mais ruim. Exemplo: Hérnia simples.

Cirurgias Opcionais: A decisão em realizar a cirurgia não cabe ao médico, e sim ao próprio cliente. Exemplo: Cirurgias plásticas.


Classificação de cirurgia quanto ao potencial de contaminação

Entender os riscos de contaminação em cada tipo de cirurgia é importante, para que seja tomada medidas de segurança, tanto para o paciente, quanto para os profissionais de saúde.

As cirurgias são classificadas quanto ao potencial de contaminação em:

  1. Cirurgias limpas;
  2. Cirurgias potencialmente contaminadas;
  3. Cirurgias contaminadas;
  4. Cirurgias contaminadas.

Cirurgias Limpas

São cirurgias realizadas em tecidos isentos de microrganismos (estéreis), sem a ocorrência de processo infeccioso local.

As cirurgias limpas são aquelas realizadas nos seguintes locais:

  1. epiderme;
  2. tecido subcutâneo;
  3. sistema musculoesquelético;
  4. sistema nervoso; e
  5. sistema cardiovascular.

Cirurgias potencialmente contaminadas

As cirurgias potencialmente contaminadas são aquelas realizadas em tecidos que são colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com comunicação com o meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

São consideradas cirurgias potencialmente contaminadas, aquelas realizadas em:

  1. Trato gastrointestinal, com exceção do cólon;
  2. Trato respiratório superior e inferior;
  3. Sistema geniturinário;
  4. Sistema ocular;
  5. Vias biliares.

Cirurgias contaminadas

As cirurgias contaminadas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.

São consideradas cirurgias contaminadas, as cirurgias de:

  1. Cólon;
  2. Reto;
  3. Ânus;
  4. Em lesões cruentas;
  5. Lesões traumáticas cranioencefálicas abertas.

Cirurgias infectadas

São cirurgias que são realizadas em todo tecido, que apresenta processo infeccioso local.


Classificação das cirurgias quanto à duração da cirurgia

Quanto à duração das cirurgias, as cirurgias são classificadas em:

Porte 1 = Até 2 horas. Exemplo: Rinoplastia;
Porte 2 = De 2 a 4 horas. Exemplo: Gastrectomia;
Porte 3 = De 4 a 6 horas. Exemplo: Craniotomia;
Porte 4 = Acima de 8 horas. Exemplo: Hepatectomia.


Classificação das cirurgias quanto o risco cardiológico

Cirurgias de grande porte – Há uma grande possibilidade de perda de sangue e fluido. Exemplo: Aneurisma de Aorta.

Cirurgias de médio porte – Há uma média possibilidade de perda de sangue e fluido. Exemplo: Prostatecmia.

Cirurgias de pequeno porte – Há uma pequena possibilidade de perda de sangue e fluido. Exemplo: Timpanoplastia.

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Referências Bibliográficas

HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.

SOBECC. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro-Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material Esterilizado. Diretrizes de prática de enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7 ed. rev. atual. Barueri: Manole, 2017.

 

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Marcus Vinícius

Enfermeiro, Servidor Público, Coordenador Técnico do CAPS 1 de Lagoa da Prata-MG, empreendedor e blogueiro que dedica parte do seu tempo para a partilha de material de grande qualidade relacionados a Enfermagem e Sáude Pública.

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