Dreno de Penrose
O dreno de penrose é relativamente simples como se fosse, grosseiramente, um dedo de luva, pois é de látex. A sua numeração vai de 1 a 5 cujo diâmetro é escolhido de acordo com o material a ser drenado e a região anatômica a receber o procedimento cirúrgico.
É do tipo aberto, com composição à base de borracha, utilizado em cirurgias que apresentam chance de acúmulo de líquidos, sendo estes infectados ou não, sendo comumente utilizado em procedimentos cirúrgicos de abdômen.
No interior do dreno, é perceptível a presença de um talco que tem a função de impedir que as paredes do dreno se colabem. Além disso, alguns fabricantes também trazem uma gaze no interior do dreno para diminuir ainda mais o risco de colabar.
É extremamente importante retirar o talco de dentro do dreno pois mesmo que seja estéril, esse pó pode reagir como corpo estranho no paciente e causar uma peritonite ou aderência.
Neste sentido, é indicado lavar o dreno de penrose com soro fisiológico, antes de ser repassado para o cirurgião.
É recomendado tracionar o dreno de penrose a cada 12 horas para evitar depósitos de fibrina que possam causar obstrução do seu lúmen.
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Quem inventou o dreno de penrose?
Este dreno foi inventado pelo ginecologista americano Charles Bingham Penrose (1862-1925).
Quem retira o dreno?
Assim como o médico, o enfermeiro também pode retirar ou tracionar o dreno conforme o parecer COREN-SC nº021/AT/2005, desde que o procedimento esteja sendo realizado de acordo com a rotina e protocolos do hospital.
Cuidados de enfermagem com dreno de penrose
A manipulação da bolsa ou do reservatório do dreno deve ser realizado de maneira asséptica, pois trata-se de um dreno de sistema aberto, em que há uma comunicação do meio ambiente com a cavidade, o que possibilita a instalação de infecção.
Além disso, o profissional precisa de ficar atento para a possibilidade de saída do dreno da incisão cirúrgica, o que é bastante comum.