Quando a Frequência Respiratória considerada normal?

Frequência Respiratória Tabela

IdadeRespirações por Minuto (RPM)
Lactante (<1 ano>30 a 60
Crianças Pequenas (1 a 3 anos)24 a 40
Pré-escolares (4 a 5 anos)22 a 34
Idade Escolar (6 a 12 anos)18 a 30
Adolescentes (13 a 18 anos)12 a 16
Adultos (>18 anos)12 a 20
Frequência respiratória normal, segundo POTTER e PERRY, (2017)!

Nas próximas linhas, vamos aprofundar no assunto, de modo que você tenha todas as informações relacionadas à frequência respiratória.

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Qual é a importância da avaliação da frequência respiratória?

Em primeiro lugar, é preciso definir respiração.

O termo respiração é conceituado como o mecanismo pelo qual, o nosso corpo utiliza para trocar gases entre atmosfera e o sangue e entre o sangue e as células.

Esse processo, envolve três situações importantes, que são a:

  1. Ventilação;
  2. Difusão; e
  3. Perfusão.

A ventilação é denominada como a circulação de gases, oxigênio e gás carbônico para dentro e para fora dos pulmões.

difusão, refere-se ao movimento que o oxigênio e dióxido realiza entre os alvéolos e as hemácia que estão presentes no sangue.

E por último, a perfusão é a distribuição das hemácias dentro dos capilares pulmonares.

Neste sentido, a cada movimento respiratório, temos um ciclo de ventilação, difusão e perfusão.

Quando há um aumento na taxa da frequência respiratória, além do que é considerado normal para a idade (conforme a Frequência Respiratória Tabela),  significa que algo está acontecendo e o corpo tem uma necessidade de aumentar a ventilação, difusão e perfusão.

Quando a frequência respiratória está acima da normalidade, temos uma condição de taquidpneia.

Exemplo: H.P.M, 30 anos, apresentou uma FR de 30 rpm.

Em situação inversa, quanto a frequência respiratória está abaixo da normalidade, temos uma bradpneia.

Exemplo: O.N.M, 65 anos, apresentou uma FR de 10 rpm.

É bom mencionar que uma frequência respiratória maior ou menor indica que algo não vai bem no organismo e precisa ser investigado.

E é justamente isso que vamos falar nesse artigo.

O que é a frequência respiratória?

A frequência respiratória refere-se à contagem do número de incursões respiratórias realizadas em 1 minuto.

Uma incursão respiratória é composta por uma inspiração seguida por uma expiração.

Num adulto, conforme vimos, a frequência respiratória normal é de 12 a 20 incursões por minuto (POTTER, PERRY, 2017).

Vale ressaltar que durante a avaliação da respiração, não se deve permitir que o paciente saiba que essa função esteja sendo realizada.

Se o paciente souber, conscientemente ele pode alterar a frequência e a profundidade das respirações e mascarar os resultados.

Nesse sentido, é recomendado que a avaliação respiratória seja feita juntamente com a contagem da frequência cardíaca.


Quais são os fatores que influenciam a característica da respiração?

Alguns fatores aceleram a frequência respiratória, uma vez que nessas condições, há uma maior necessidade do organismo em adquirir oxigênio e eliminar o gás carbônico, tais como:

  • Prática de exercício físico;
  • Dor aguda;
  • Ansiedade;
  • Tabagismo;
  • Posição corporal;
  • Usos de medicações;
  • Lesão neurológica e;
  • Função da hemoglobina.

Alterações da frequência respiratória

Durante durante as mensurações da frequência da respiração, fazemos a avaliação da frequência, da profundidade e do ritmo.

Nas próximas linhas, abordaremos os principais achados da avaliação da frequência respiratória.

Bradipneia

Refere-se a uma frequência respiratória abaixo da normalidade.

Taquipneia

Respiração mais rápida do que o normal.

 

Respiração de Kussmaul

respiração de kussmaul

A respiração de Kussmaul é caracterizada por uma insperação rápida e profunda, seguido de uma pausa e uma expiração súbita, e novamente uma pausa.

Causa: acidose diabética

Respiração Cheine-Stokes

respiracao-de-cheyne-stokes

A respiração Cheine-Stokes é caracterizado por uma frequência e profundidade irregulares, com períodos de apneia e hiperventilação.

O ciclo se inicia com uma respiração lenta e superficial e aumenta gradualmente.

Causas: Acontece frequentemente entre crianças e idosos durante o sono. Pode estar relacionada também à doenças neurológicas e insuficiência do ventrículo esquerdo.

Respiração de Biot

respiração de biot

A respiração de Biot é caracterizada por uma respiração irregular, ora superficial ora profunda, com curtos períodos de pausa.

Causa: Dano cerebral (medular), depressão respiratória.

Apneia

A apneia refere-se a uma ausência de respirações.

Respiração estertorosa

A respiração estertorosa é uma respiração ruidosa.

Os estertores são ruídos que são audíveis na inspiração ou na expiração. E estes sons estão superpostos aos sons respiratórios considerados normais.

Respiração crepitante

A respiração crepitante ou fina, é aquela que é caracterizada por um som fino durante o final da e ele não se modifica com a tosse.

Ruídos grossos ou bolhosos

Os fluídos grossos ou bolhosos eles sofrem alterações com a tosse. E podem ser audíveis em todo em todas as regiões do tórax.

Roncos

Roncos são vibrações das paredes brônquica e do conteúdo gasoso quando há desses ductos. são audíveis em todas regiões do tórax. No caso da asma e também da bronquite.

Estridor

O som é originado da semiobstrução da laringe ou faringe.

Apneia, apneia é ausência de respiração.

Eupneia

Respiração normal sem ou dificuldades.

Dispneia

Trata-se de uma difícil.

Também pode ser relatada como a falta de ar.

Normalmente o paciente relata que tem a sensação de respiração incompleta.

A dispneia, comumente é acompanhada de opressão torácica e mal estar.

Ortopéia

Refere-se a uma respiração fácil na posição em pé ou vertical, e quando o paciente se posiciona em decúbito, apresenta dispneia.

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Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas

BARE, B.G,; SUDDARTH, D.S.. Brunner – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

NETTINA SM. Prática de enfermagem. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007

POTTER, P.A.; PERRY,A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

KOCH. R.M. et. Al. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI Livros, 2004.

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução Cofen nº 453 de 16/01/2014, publicada no DO no dia 28 de janeiro de 2014, a qual aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional. Disponível em: https:www.legisweb.com.br/legislação/id=264977 . Acesso em 13 de outubro de 2019.

SILVA LD, PEREIA SRM, MESQUITA AMF. Procedimentos de enfermagem: Semiotécnica para o cuidado. Rio de Janeiro: Medsi; 2005

 

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Enfermeiro, Servidor Público, Coordenador Técnico do CAPS 1 de Lagoa da Prata-MG, empreendedor e blogueiro que dedica parte do seu tempo para a partilha de material de grande qualidade relacionados a Enfermagem e Sáude Pública.

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