O que é tratamento paliativo?

Você sabe o que é tratamento paliativo?

Quando não é possível alcançar a “cura” do paciente com câncer, é necessário que a equipe de saúde ofereça cuidados que visem melhorar a a qualidade de vida e funcionalidades do paciente pelo maior tempo possível (CORADAZZI; SANTANA; CARPONERO, 2019).

Em outras palavras, cuidados paliativos podem ser conceituados como uma assistência dispensada por uma equipe multiprofissional com a finalidade a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, diante de uma doença que não se tem o controle.

O tratamento paliativo visa dispensar uma assistência que consegue prevenir o alívio do sofrimento, a identificação precoce de complicações, avaliação sistemática eficiente e o tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).

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Quais são princípios dos cuidados paliativos?

Segundo a ANCP, 2012, os princípios dos cuidados paliativos são:

1 – Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis;

2 – Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural da vida;

3 – Não acelerar e nem adiar a morte;

4 – Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença;

5 – Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado com o paciente;

6 – Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento de sua morte;

7 – Oferecer um sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto;

8 – Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e de seus familiares, incluindo acompanhamento no luto;

9 – Iniciar, o mais precocemente possível, o cuidado paliativo, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para compreender e controlar situações clínicas estressantes.

Vale mencionar que os cuidados paliativos são destinados também para pacientes com doenças crônicas.

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Conceitos Éticos Importantes em Cuidados Paliativos (ANCP, 2012)

Atualmente são discutidos diferentes procedimentos que poderiam ser prestados aos pacientes em estado terminal. Neste sentido, é importante que a equipe de saúde tenha conhecimento dos seguintes termos:

• Eutanásia;
• Distanásia;
• Ortotanásia;
• Mistanásia.

O que é eutanásia?

Eutanásia refere-se ao ato intencional de adiantar o óbito de pacientes terminais, garantindo uma morte indolor através do uso de medicamentos letais, com a finalidade de evitar sofrimento e a dor.

O que é distanásia?

Conceitua-se como distanásia, o ato de dar continuidade através de meios artificiais a vida de um paciente terminal.

O que é ortotanásia?

Ortotanásia refere-se a um óbito natural, sem interferência da ciência, possibilitando ao paciente um óbito digno, sem sofrimento, deixando que ocorra o processo natural e evolução da doença.

Pratica-se ortotanásia, quando são evitados métodos extraordinários de suporte à vida, como o uso de aparelhos e medicamentos, em pacientes irrecuperáveis e que foram submetidos ao Suporte Avançado de Vida.

O que é mirtanásia?

A mirtanásia pode ser conceituada como o ato de negligência, no qual pacientes vão a óbito por serem excluídos da sociedade, em que o óbito acontece fora e antes do tempo natural, sem que seja prestada pelo menos uma precária assistência à saúde.

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Bons estudos!

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Referências Bibliográficas

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS (Rio de Janeiro). Manual de Cuidados Paliativos. 2 ed. Rio de Janeiro: ANCO, 2012.

CORADAZZI, A. L.; SANTANA, M. T. E . A.; CORPONERO, R. Cuidados Paliativos: diretrizes para melhores práticas. São Paulo: MG Editores, 2019.

SILVA, J. A. C. Distanásia e ortotanásia: práticas médicas sob a visão de um hospital particular. Rev. Bioét., Vol.22, nº2, p.358-366, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/bioet/a/BW7LqWvzQBmbyQrvhFjn3WH/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 26 de fev. de 2022.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. e. ed. Geneva: WHO, 2002.