Pectus excavatum, é um defeito no tórax anterior, conhecido popularmente, como “peito em funil”, “peito de sapateiro”, “peito escavado”, ou “tórax escavado”.
Essa condição é definida por ABRAMOVICI, RODRIGUES e CAMPOS (2020), como uma deformidade na parede torácica caracterizada por uma depressão do esterno e das cartilagens costais inferiores.
Em casos mais graves, a face interna do esterno, está tão próximo da da coluna vertebral, que parece tocá-la.
Nesses casos, a deformidade diminui o espaço intratorácico fazendo com que o coração saia do seu local anatômico e se desloque para cima e lateralmente para a esquerda.
A alteração anatômica está presente no nascimento, e de forma bem discreta, vai se acentuando no decorrer da puberdade e apresentando um crescimento progressivo até a chegada da fase adulta.
Existem várias teorias que buscam explicar a etiologia do defeito estrutural no tórax.
No entanto a mais aceita é aquela relacionada ao crescimento exagerado das cartilagens costais.
Esse aumento do volume das cartilagens das costelas seriam as responsáveis pelo deslocamento do esterno causando o rebaixamento torácico.
O mecanismo pelo qual ocorre esse crescimento ainda não é explicado, no entanto sabe-se que os aspectos histológicos das cartilagens costais e ossificação do esterno são normais.
Você pode gostar também:
Pectus excavatum é considerado deficiência? Clique aqui e saiba agora!
A deformidade do tórax pode ser classificada em simétrico e assimétrico.
O pectus simétrico ocorre quando a depressão esternal apresenta os dois lados do tórax iguais.
Já o pectus assimétrico é caracterizado por uma diferença entre as duas metades do tórax.
Tando o pectus assimétrico quanto o simétrico, podem ser subdivididos em mais dois tipos: o amplo e agudo.
Um pectus agudo é referido quando a depressão esternal é profunda, menor no sentido transversal e as costelas não são deprimidos.
Forma-se uma depressão de menor largura mas de maior profundidade.
Por sua vez o pectus amplo, é definido como uma deformidade acentuada no sentido transversal, com as costelas também apresentando depressão. Os limites das costelas são imprecisas.
A depressão apresenta uma maior largura e menor profundidade.
O sinal mais comum de pectus é a depressão torácica e a maioria dos pacientes não apresenta sintomas.
Em alguns pacientes, a condição pode ser grave o suficiente para comprimir o coração e os pulmões causando sintomas como:
Diante do padrão estético, os pacientes geralmente tem graves alterações psicológicas com uma forte tendência para o isolamento social.
Evitam atividades esportivas, relacionamentos e convivência entre amigos ou qualquer outras situações que possam expor a o tórax.
Além disso, os problema psicológicos são bem comuns uma vez que o problema anatômico é evidenciado no estirão de crescimento da adolescência.
A transição da infância para a adolescência já é por si só um período conturbado de intensa
transformações, agora imagine um adolescente que apresenta um deformação no seu corpo.
Deste modo, o adolescente com pectus excavatum, tem uma tendência muito grande desenvolver distúrbios de autoimagem e problemas depressivos e de ansiedade.
O tratamento para pectus tanto pode ser cirúrgico quanto não cirúrgico dependendo da gravidade do caso.
O tratamento não cirúrgico do pectus excavatum é destinado para pacientes com deformidades discretas e moderadas.
Desde modo, as crianças com defeitos mais leves são orientadas a estabelecer um estilo de vida normal, sendo considerado a natação, o exercício mais adequado para reduzir o problema.
Em alguns casos, pode ser indicada a musculação para pacientes com mais de 16 anos de idade.
Ademais, o tratamento não cirúrgico também envolve o uso de órteses e terapia a vácuo, que quando realizados de modo precoce e associados à atividade física são bastante eficazes.
O objetivo é aumentar a flexibilidade torácica e fortalecer a musculatura da criança.
Por outro lado, se a deformidade é acentuada e está totalmente desenvolvida, o tratamento poderá envolver a cirurgia.
Vale ressaltar que, quanto mais precoce for iniciado o tratamento, melhores serão os resultados.
Segundo SILVA Et al (2017), a correção cirúrgica do pectus excavatum podem ser de dois tipos de procedimentos cirúrgicos:
A correção cirúrgica de pacientes graves podem ser realizadas através de duas técnicas, a de Ravicth e Nuss.
É uma técnica cirúrgica de correção estrutural do tórax que se basea na ressecção subpericondral das cartilagens envolvidas no defeito.
Esse procedimento apresenta um segurança muito boa pois é minimamente invasivo.
É realizado através de pequenas incisões realizadas em cada lado do tórax.
Para que o tórax retorne a sua posição normal, é colocada uma placa de metal curva sob o esterno rebaixado.
Em algumas situações são colocadas até mesmo mais de uma placa que são removidas depois de dois ou três anos.
É um procedimento cirúrgico mais antigo e por isso envolve uma incisão muito maior no centro do tórax.
O médico cirúrgico retira a cartilagem deformada prendendo as costelas ao esterno inferior.
Em seguida, prende o esterno em uma posição mais elevada utilizando uma haste de metal ou suportes, que são retirados entre seis a 12 meses de pós cirurgia.
A correção cirúrgicos em pacientes que não apresentam sinais e sintomas cardiovasculares e pulmonares associados à deformação do tórax baseia-se no emprego isolado ou em conjunto dos seguintes procedimentos cirúrgicos:
É importante mencionar que em mulheres com pectus excavatum com apenas queixas estéticas, é bastante indicado a colocação de próteses mamárias de silicone.
Estima-se que a incidência seja de 1 caso para cada 700 nascidos vivos, sendo mais comum no sexo masculino, na proporção de 7 para 1 (ABRAMOVICI, RODRIGUES e CAMPOS, 2020).
Quanto a raça, os estudos recentes apontam que é uma condição rara nas pessoas de pele escura.
Em relação a influência familiar, a maioria dos casos é isolada, cerca de 52%. Assim, cerca de 48% dos pacientes tem histórico familiar da condição.
ABRAMOVICI, Sulim; RODRIGUES, Joaquim Carlos; CAMPOS, José Ribas. M.. Orientação inicial e tratamento clínico do Pectus Excavatum. Sociedade de Pediatria de São Paulo, 2020. Disponível em <www.spsp.org.br/>. Acesso em 19 de ago. de 2021.
COELHO, Marlos de Souza; GUIMARÃE, Paulo de Souza Fonseca. Pectus excavatum: abordagem terapêutica. Revista do Colégio de Cirurgiões, Curitiba, v.34, nº6, Nov.-Dez., 2007. Disponível em <https://www.scielo.br/j/rcbc/a/GWjtSkJgwZyRyD4wFzfnHgp/?lang=pt&format=pdf>. Acesso em 19 de ago. de 2021.
SILVA, Roberto da Silva, Et al. Pectus excavatum e assimetrias mamárias: correção com mamoplastia de aumento. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, Florianópolis, nº32, v.2, p.225-230, 2017. Disponível em <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-847371>. Acesso em 19 de ago. de 2021.
HPV e relações sexuais? Ao receber um diagnóstico de HPV, é natural que surjam muitas…
A captura híbrida para HPV é um dos avanços mais importantes no diagnóstico de infecções…
As verrugas no ânus são uma condição médica que muitas vezes pode causar desconforto e…
Você sabe Com Quantas Semanas o Bebê Fica Acima do Umbigo? A gestação é um…
A partir de quantas semanas o bebe pode nascer ? A espera pelo nascimento de…
Depilação a laser e gravidez? Pode? A depilação a laser é uma opção popular para…