Tudo o que Você Precisa Saber Sobre Sondagem Vesical de Alívio

Sondagem Vesical de Alívio

A sondagem vesical de alívio ou cateterismo vesical intermitente caracteriza-se pela introdução de um cateter através da uretra até a bexiga com a finalidade de drenar a urina.

Existem algumas situações que dificultam ou impedem o esvaziamento regular da bexiga urinária provocando retenção urinária ou total, definitiva ou parcial.

A parcela de urina residual que fica presa na bexiga é chamada volume residual.

Quando esta situação ocorrer, é indicada pelo médico, a realização do cateterismo vesical de alívio.

Finalidade da sondagem vesical de alivio

A sonda vesical de alívio é um dispositivo que permite uma via urinária artificial com a finalidade de realizar o esvaziamento da bexiga em intervalos regulares, dependendo da necessidade individual.

Outra finalidade, é a coleta de urina para a realização de exames.

Indicações da sondagem vesical de alívio

  • Pacientes que apresentam bexiga neurogênica (disfunção da bexiga causada por alguma lesão neurológica);
  • Realização de exames que exigem esvaziamento da bexiga;
  • Coleta de urina para exames;
  • Promover alívio da distensão vesical

Contraindicações da Sondagem Vesical de Alivio

  • Cistectomia radical em pacientes neoplasia de bexiga – Retirada da bexiga;
  • Paciente renal crônico sem diurese;
  • Fimose acentuada (dificuldade de retração do prepúcio e a exposição da glande);
  • Estenose uretral (estreitamento) causada por Hiperplasia prostática grave.

Complicações da Sondagem Vesical de Alivio

  • Infecção do trato urinário;
  • Lesões da mucosa da uretra;
  • Estenose de uretra (estreitamento da uretra decorrente de cicatrizes decorrentes de lesões provocadas durante a passagem da sonda vesical de alivio;
  • Falso trajeto – Há presença de dor e sangramento. A sonda está penetrando em algum outro local a não ser a bexiga ou a uretra;
  • Abcessos e infecções causadas por falso trajeto;
  • Bacteriúria assintomática;
  • Epididimite e orquite – Inflamação do epidídimo e da próstata;
  • Fístula de bexiga (entero-vesical, cólon-vesical, reto-vesical e vesico-vaginal) – Canal de comunicação provocado por falso trajeto entre intestino e bexiga, intestino e uretra e especificamente em mulheres, comunicação entre bexiga e vagina;
  • Perfuração de bexiga;
  • Incontinência – Pode surgir da sondagem mas também da própria disfunção do esfincter uretral (causador da retenção urinária ou bexigoma).

Ações de enfermagem para a prevenção de complicações no uso da sonda vesical de alívio

  • Realizar uma avaliação prévia da indicação da sonda vesical de alivio;
  • A utilização de sonda vesical de alívio somente quando esta for indicada;
  • Providenciar treinamento adequado para o enfermeiro e o médico, bem como outros profissionais de saúde sobre a colocação e manutenção da sonda vesical de alívio;
  • Providenciar a retirada imediatamente quando a sondas vesical de alívio não for mais indicada;

Técnicas de sondagem vesical de alivio

Existem três técnicas:

  1. Técnica estéril;
  2. Técnica asséptica;
  3. Técnica limpa.

Vamos focar na técnica estéril porque é aquela que é cobrada nas provas de concurso. Veremos nas próximas linhas materiais necessários e a técnica.

No entanto falar falaremos um pouco sobre as técnicas asséptica e limpa.

Técnica Estéril

A técnica estéril é realizada em ambiente hospitalar pois tem a finalidade de evitar infecções urinárias.

A desvantagem é que esta técnica é mais cara e exige técnica de profissionais qualificados.

A vantagem é a sua eficácia contra a prevenção de infecções.

Vale ressaltar que as bactérias que residem na área hospitalar geralmente são multirresistentes uma vez que há um uso corriqueiro de antibióticos.

A técnica estéril tem um poder muito maior de evitar a infecção urinária quando comparada á técnica asséptica e limpa.

Para a realização da técnica estéril, é preconizado o uso de:

  • gorro;
  • antisséptico para higienização da área genital;
  • luvas estéreis;
  • lubrificante estéril uretral;
  • campo fenestrado estéril;
  • pinças estéreis;
  • sistema fechado de coleta de urina;
  • cateter estéril de uso único.

Quem realiza a técnica estéril de passagem de sonda vesical? Somente enfermeiros e médicos.

Agora falaremos um pouco da técnica asséptica.

Técnica Asséptica

Outra técnica que pode ser utilizada na sondagem vesical de alívio é a asséptica.

Assepsia significa tornar o meio isento de matéria séptica como bactérias, vírus e outros que podem causar uma infecção.

Neste sentido, a técnica asséptica de passagem de sonda vesical alivio é caracterizada pela utilização de:

  • antisséptico local estéril;
  • cateter vesical de alívio estéril e de uso único.

O restante do material não precisa ser estéril.

 E quem realiza a técnica asséptica de passagem de sonda vesical?

Somente enfermeiros e médicos podem realizar esta técnica.

Técnica Limpa

Já a técnica limpa de cateterismo vesical de alivio, não utiliza nenhum material estéril. 

É indicada para ser realizado na residência do paciente onde o ambiente tem menor quantidade de microbiota quando comparada á unidade hospitalar.

A técnica limpa de passagem de sonda vesical de alivio pode ser realizada por cuidadores, familiares ou pelo próprio paciente.

Na técnica limpa são utilizados:

  • luvas de procedimento;
  • As luvas podem ser dispensadas, utilizando apenas a higienização prévias das mãos;
  • Coletor externo limpo para a limpeza da área genital;
  • Lubricante não estéril;
  • Cateter vesical de alívio que pode ser estéril ou não;
  • Substância degermante não estéril.

Antes de mais nada, esclarecemos que neste artigo, focamos na técnica estéril de passagem de sonda vesical de alivio, porque ela é muito cobrada em provas de concurso.

No entanto, todo o assunto de sonda vesical de alívio foi abordado de maneira geral.

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Voltando ao nosso estudo, vamos agora levantar alguns conceitos que servirão de base para você entender as finalidades da sondagem da sondagem vesical de alívio.

 

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Micção

A micção é um mecanismo indolor pelo qual ocorre o enchimento e o esvaziamento da bexiga urinária. Estas duas etapas ocorrem de modo autônomo, no entanto pode ser inibido ou facilitado através de centros específicos no córtex cerebral.

Quando a bexiga apresenta uma quantidade entre 100 e 150 ml, receptores situados na sua parede são distendidos, e estes enviam mensagens para o cérebro de que há a necessidade da drenagem de urina. Desta forma há o desejo de urinar.

Vale ressaltar que as primeiras sensações de urinar, iniciam-se com um armazenamento médio de 150 ml. O desejo intensifica-se com um volume de 200 a 300 ml.

Revisão Breve da Fisiologia da Micção

Para melhor entendimento das diversas situações que levam ás disfunções vesico-uretrais, faremos agora uma breve revisão da fisiologia do processo de micção.

O sistema urinário possui a função de filtrar e eliminar substâncias residuais do metabolismo através da urina. Este sistema é composto por:

  • rins;
  • Ureteres;
  • Bexiga; e
  • Uretra.

Dessa forma, os rins filtram o sangue retirando as impurezas provenientes do metabolismo, formando um composto chamado de urina.

A urina é transportada até a bexiga através dos ureteres onde é armazenada.

Na bexiga, existem dois tipos de inervação, a simpática e a parassimpática, que atuam no músculo detrusor de modo a controlar a micção.

Quando há o comando para urinar, a urina é transportada através da uretra para ser elimina através do seu óstio uretral externo.

Há algumas diferenças entre as uretras masculinas e femininas, sendo que em:

  • Homens, a uretra apresenta um tamanho de 15 cm, duas curvaturas como se fosse um “S itálico”, transporta tanto a urina como também sêmen para o meio exterior.
  • Mulheres, a uretra feminina apresenta, em média, 4 cm e a sua forma é reta. Isso explica porque as mulheres tem índice maior de infecção urinária.

Agora vamos aprofundar um pouco mais na fisiologia miccional.

Sabe-se que o trato urinário inferior funciona através da ação simultânea de dois componentes:

  1. Bexiga – Armazenamento de urina;
  2. Músculo detrusor – Controla a retenção ou saída de urina pelo ureter através da micção;

A bexiga apresenta musculatura lisa. Este tipo de músculo é caracterizado pela contração involuntária através do sistema nervoso autonômico.

A músculo liso é organizado da seguinte maneira na bexiga:

  • camada mais interna: de modo longitudinal;
  • camada média: circular;
  • camada externa: longitudinal.

Esta configuração muscular permite á bexiga um peristaltismo que é caracterizados por movimentos que pressionam a urina a seguir em direção ao meato uretral externo para ser excretada.

É importante ressaltar que, na junção entre a uretra e bexiga, o músculo liso torna-se mais espesso formando o esfincter interno também chamado de músculo detrusor. Quando ele relaxa, ocorre ha a micção.

Agora vamos falar um pouco mais sobre este músculo.

Ele faz o controle do enchimento da bexiga sem deixar ocorrer perdas urinárias através do comando de dois sistemas:

  • Sistema Nervoso Simpático – faz a contração esfincteriana através do músculo liso do esfincter;
  • Sistema Nervoso Parassimpático – inibe o sistema nervoso simpático causando um relaxamento da musculatura lisa possibilitando a micção.

Isto explica porque, em alguns casos, mesmo o paciente querendo urinar, o mesmo não consegue.

O sistema nervoso simpático, quando muito estimulado, provoca a contração da musculatura lisa do esfincter uretral e o paciente não consegue urinar.

Vale ressaltar que o sistema nervoso simpático também está ligado as emoções de tensão, medo, raiva e outros.  Ele aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca.

Outro fator que pode estar causando a retenção de urina na bexiga é a falta de sinergia entre o sistema nervoso central e periférico. Isto provoca uma dificuldade da coordenação da micção.

Deste modo, o mecanismo de armazenamento e esvaziamento da bexiga pode sofrer alterações consequentes de vários fatores como:

  • Obstrução infravesical (Obstrução em algum ponto da uretra);
  • Envelhecimento;
  • Aumento prostático;
  • Estenose uretral (estreitamento de uma parte da uretra);
  • Disfunções neurogênicas do trato urinário inferior.

Agora vamos falar separadamente de algumas causas da retenção urinária ou bexigoma.


Estenose uretral

O estreitamento uretral ocorre por um processo cicatricial, onde há uma deposição em excesso de tecido fibrótico e uma consequente diminuição do calibre da uretra.

Quais são os traumas mais comuns da estenose uretral?

São eles:

  • “Queda de cavaleiro”, quando o paciente cai sentado ocorrendo lesão nos órgãos perineais;
  • Procedimentos cirúrgicos com manipulação uretral como em cistoscopia, passagens de sondas uretrais e cirurgias de próstata;
  • Fraturas de bacia;
  • Efeito adverso da radioterapia (mais raro);
  • Causas congênitas e outros.

Quais são os sintomas da estenose uretral

  • A redução da luz da uretra provoca:
  • a dificuldade miccional;
  • jato espraiado ou duplo durante a micção;
  • Gotejamento de urina após a finalização da micção;
  • Poliúria (aumento da frequência urinaria);
  • Nictúria (acordar várias vezes a noite para urinar);
  • Sensação de ardência no momento da micção.

Obstrução infravesical

Outra causa do bexigoma é a obstrução infravesical.

A obstrução pode ocorrer na bexiga ou através de qualquer ponto do uretra e geralmente ocorre por:

  • Litíase – cálculos urinários provenientes dos rins;
  • Processos infecciosos repetidos ou persistentes que levam á inflamação e estreitamento da uretra;
  • Tumores de vias urinárias e de órgãos próximos como a próstata.

Procedimento – Técnica Estéril de Sondagem Vesical de Alívio

Para que você compreenda facilmente a técnica estéril de sondagem vesical de alívio, vamos separar o procedimento em 8 passos, a saber:

  1. Abordagem Inicial do Paciente;
  2. Reunião do Material Necessário;
  3. Preparo para o Procedimento;
  4. Higienização das Mãos;
  5. Higiene da Genitália;
  6. Posição
  7. Cateterização;
  8. Verificação do Volume Urinário.

Abordagem Inicial do Paciente;

É extramente importante estabelecer um vínculo empático entre paciente e enfermeiro, visto que a sondagem vesical de alívio é um procedimento muito invasivo.

Como resultado de uma boa conversa, tirando as dúvidas e medos, o paciente estará bem mais confortável com uma ansiedade bem mais controlada.

Vale ressaltar que o enfermeiro deve explicar ao paciente os benefícios do procedimento como a melhora da qualidade de vida e prevenção da perda da função renal.

Além disso, é orientado que o ambiente seja tranquilo, calmo e privativo.

Depois de tranquilizar o paciente, é o momento de reunir todo o material.

Reunião do Material Necessário;

Vamos precisar de:

  • 01 pacote estéril de sondagem vesical;
  • 01 par de luvas de procedimento;
  • 01 par de luvas estéreis;
  • Luvas de banho ou compressas;
  • Sabão neutro;
  • Bacia contendo água morna;
  • 01 seringa de 20 ml;
  • 01 sonda vesical de alívio com calibre adequado;
  • Xilocaína em gel 2%;
  • Solução antisséptica de Clorexidine aquosa 2%;
  • 02 pacotes de gaze;
  • Saco para lixo comum
  • Frasco graduado;

Preparo para o Procedimento;

Nesta fase, o profissional enfermeiro deverá retirar relógios, pulseiras e anéis. Caso a indicação da sonda vesical de alívio não seja a retenção urinária ou bexigoma, o paciente deverá fazer micção espontânea antes da realização do procedimento.

Higienização das Mãos

As mãos deverão ser lavadas utilizando água e sabão, esfregando uma na outra em todos lados (laterais, cima, baixo), punhos, entre os dedos e ponta dos dedos.

Em seguida deve-se enxaguar bem com água corrente, esfregando uma mão na outra. Depois secar com uma toalha limpa.

Higiene da Genitália

Fazer a higiene da genitália é uma importante ação para reduzir a máximo o risco de uma infecção.

Deve-se realizar uma boa limpeza na região perineal (área que se inicia na genitália e se estende até o ânus) utilizando água, esponja, sabonete.

Como fazer higiene perineal no paciente do sexo feminino?

A higiene deve ser sempre feita como movimentações de frente para trás. Isto para evitar levar bactérias intestinais para a vagina e uretra ocorrendo infecção urinária.

Além disso, deve-se limpar e secar bem toda a região entre os grandes lábios e o meato urinário. Para isso, afaste os grandes lábios utilizando o dedo indicador e o polegar da mão não dominante.

Como fazer higiene perineal no paciente do sexo paciente?

Para realizar uma higiene adequada, deve-se retrair o prepúcio de forma que a glande fique bem exposta.

Em seguida, lavar com água, sabonete, esponja própria ou gaze, e enxugar com uma toalha limpa.

Agora, deve-se posicionar o pênis de forma que ele fique perpendicular ao corpo, nem voltado á coxa e nem ao umbigo.

Agora que já fiz a higiene genital do paciente, é chegada a hora de colocarmos na posição adequada para a realização do procedimento.

Posição

No paciente do sexo masculino: Colocar o paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas.  Em seguida visualizar o meato uretral;

Na paciente do sexo feminino: Coloca a paciente a paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas e afastadas. Em seguida visualizar o meato uretral.

Neste momento retira-se as luvas de procedimento.

Cateterização

A técnica de passagem de sonda vesical de alivio abordada neste artigo é aquela utilizada através da técnica estéril, realizada em ambiente hospitalar.

Como há diferença em alguns pontos na técnica de sondagem vesical de alívio nos pacientes do sexo feminino e masculino. Vamos abordá-las separadamente.

Vamos lá!

Sonda vesical de alívio feminina

  • Higienizar as mãos;
  • Reunir e organizar o material em uma mesa ou local disponível.
  • Providenciar a abertura do pacote de sondagem;
  • Coloque uma quantidade pequena de clorexidine aquosa 2% na cuba rim;
  • Coloque um pacote de gaze sobre o campo estéril;
  • Coloque um porção de xilocaína gel sobre a sonda e o campo(não esqueça de descartar o primeiro jato);
  • Calce as luvas estéreis;
  • Em seguida, dobre 07 folhas de gaze e coloque na cuba junto ao antisséptico;
  • Faça a antissepsia da região perianal utilizando as gazes que foram embebidas no antisséptico, no sentido lateral-medial e anteroposterior;
  • Agora coloque o campo fenestrado de forma a permitir a visualização do meato uretral;
  • Colque a cuba rim em cima do campo fenestrado, em frente a fenestra do campo;
  • Utilizando a mão não dominante e com auxílio da gaze estéril, procurar afastar os grandes lábios de forma a expor o meato uretral;
  • Em seguida, com a outra mão (dominante), introduzir a sonda no meato uretral do paciente até que retorne urina na cuba rim. A sonda deve ter xiloxaína gel a 2% em sua extremidade;
  • Quando a cuba rim estiver cheia, clampear a sonda e desprezar a urina no frasco graduado. Deve-se repetir este procedimento quantas vezes se fizerem necessário;
  • Ao parar de drenar a urina, retirar a sonda, clampeando a sonda utilizando a ponta de um dos dedos e puxando-a da bexiga, liberando o restante de urina da sonda dentro da cuba rim;
  • Providenciar a remoção do antisséptco da pele do paciente utilizando como auxílio um compressa úmida;
  • Proceder a higienização das mãos;
  • Ajuda o paciente a vestir-se, de modo que fique confortável;
  • Verificar o volume de urina drenado;
  • Recolher todo o material, providenciando o armazenamento adequando dos materiais e descarte dos inutilizáveis;
  • Higienizar novamente as mãos;
  • Realizar a anotação na ficha de evolução ou folha de observação da paciente, enfatizando as características e o volume de urina drenado.

Sonda Vesical de Alívio Masculina

  1. Higienizar as mãos;
  2. Reunir todo o material e levá-los até o paciente;
  3. Garantir privacidade e um ambiente iluminado;
  4. Tirar todas as dúvidas do paciente e explicar o procedimento;
  5. Calçar as luvas de procedimento;
  6. Analisar as condições de higiene do períneo, caso seja necessário, realize a higienização com
    água morna e sabão. Fazer a secagem após;
  7. Pedir ao paciente, ou coloque-o em decúbito dorsal, com as pernas afastadas;
  8. Visualizar o meato uretral;
  9. Remova as luvas de procedimento;
  10. Reunir o material em uma mesa ou em local disponível;
  11. Abrir o pacote de sonda vesical alivio, acrescentando o pacotes de gaze, uma quantidade suficiente de antisséptico na cuba rim, todos devem ser colocados sobre o campo estéril;
  12. Acrescentar em média 10 ml de xilocaína gel na seringa, tendo-se o cuidado de descartar o primeiro jato e de não contaminar a seringa (pode-se segurá-la com o próprio envólucro e retirar o êmbolo com uma gaze, apoiando-o no campo. Após, dispor a seringa com a xilocaína sobre o campo;
  13. Calçar as luvas estéreis;
  14. Pegar aproximadamente 07 folhas de gaze, dobrá-las, e em seguida, colocar na cuba junto com o antisséptico;
  15. Realizar a antissepsia da região perianal, bolsa escrotal e depois do pênis, usando as gazes embebidas no antisséptico. Deve-se iniciar com movimentos perpendiculares ou circulares, no sentido do prepúcio para a base do pênis, logo após, afastar o prepúcio com auxílio de uma gaze estéril, e em seguida fazer a antissepsia da região peniana com a glande exposta, novamente utilizando movimentos circulares, no sentido da glande para a raiz do pênis, conservando o prepúcio tracionado, por definitivo realizar a antissepsia do meato em movimento circular, na direção do meato para glande;
  16. Acomodar o campo fenestrado no paciente de forma a permitir a visualização do meato uretral;
    Acomodar a cuba rim sobre o campo fenestrado, em posição frontal à fenestra do campo;
    Introduzir 10 ml de xilocaína gel 2% no meato urinário com auxílio utilizando a seringa ou colocar a xilocaína gel na extremidade da sonda (por volta de 15 a 20 centímetros) que está em cima do campo estéril. Utilizando a mão não dominante colocar o pênis a 90º em relação ao corpo do paciente e com a mão dominante realizar a introdução da sonda no meato uretral do paciente até que a urina comece a ser drenada na cuba rim;
  17. Em seguida, desprezar a urina no frasco graduado e com a ponta dos dedos, clampear a sonda. Esvaziar a cuba quantas vezes for necessário;
  18. Ao parar de drenar urina, retirar a sonda clampeando a mesma. A urina restante situada na sonda é armazenada dentro da cuba rim;
  19. Retornar o prepúcio para a sua posição anatômica;
  20. Utilizando uma compressa úmida, retirar o antisséptico que foi colocado sob a pele e depois secar;
  21. Verificar o volume de urina drenado;
  22. Reunir todo o material utilizado, providenciando o armazenamento adequado dos materiais reutilizáveis e descarte dos outros;
  23. Higienizar as mãos;
  24. Fazer o registro do procedimento na folha de observação ou evolução, de forma a descrever o volume urinário e as características.

Referência Bibliográfica

1. PRADO, Marta Lenise do et al (org.). Fundamentos para o cuidado profissional de enfermagem. 3. ed. Florianópolis: UFSC, 2013. 548 p. Revisada e ampliada.

PRADO, M. L.; GELBCKE, F. L. Fundamentos para o cuidado profissional de enfermagem. Florianópolis: Cidade Futura, 2013.

Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo Vesical de Alívio Feminino. Departamento de Enfermagem UfSC NEPEN/DE/HU. 2016.

Procedimento Operacional Padrão. Cateterismo Vesical de Alívio Masculino. Departamento de Enfermagem UfSC NEPEN/DE/HU. 2016.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem 7. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

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Marcus Vinícius

Enfermeiro, Servidor Público, Coordenador Técnico do CAPS 1 de Lagoa da Prata-MG, empreendedor e blogueiro que dedica parte do seu tempo para a partilha de material de grande qualidade relacionados a Enfermagem e Sáude Pública.

Website: http://www.abcdaenfermagem.com.br

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