A radiocirurgia, teleterapia e braquiterapia são modalidades de radioterapia, ou seja, envolve tipos tratamento do câncer que se caracteriza por um bombardeio de radiações ionizantes aplicadas sobre o tecido tumoral.
Trata-se de uma radiação de alta energia capaz de separar um ou mais elétrons do orbital dos átomos ou moléculas, o que provoca uma destruição das células cancerígenas.
Ao atravessar a pele, a radiação libera uma grande quantidade de energia que faz com que as células produzam radicais livres que irão reagir com as moléculas de DNA, levando as células à apoptose (morte) ou a perda da capacidade de divisão celular.
O tratamento com radiação é feito loco regional, com a finalidade de destruir o tecidos patológicos, que são mais sensíveis aos raios ionizantes do que as células normais.
O tratamento por radioterapia é indolor e pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros tratamentos.
Comumente, a radioterapia é um método de escolha principalmente quando o câncer está presente em uma área anatômica desfavorável, como por exemplo, lesões de laringe, faringe e cavidade oral.
A braquiterapia é uma modalidade da radioterapia em que a radiação é aplicada diretamente no tecido cancerígeno, através de procedimentos invasivos.
Para aplicar a braquiterapia, são utilizados aplicadores intracavitários, implantes com agulhas ou moldes.
Trata-se da aplicação de sementes encapsuladas de titânio por meio de procedimento invasivo possibilitando a preservação dos tecidos sadios e dos órgãos próximo ao tumor.
Existem duas formas de braquiterapia, a:
A braquiterapia temporária é realizada quando as sementes são fixadas e após um período pré-determinado são retiradas. Essa modalidade possui uma meia vida que pode envolver alguns dias até anos.
Já a braquiterapia permanente envolve a aplicação das sementes que não necessitam de serem retiradas do paciente, tem baixa dose e permite uma vida quase sem restrições após o implante, que é realizada sem a necessidade de internação.
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A teleterapia utiliza a aplicação de radioterapia à distância, entre 80 a 100 centímetros do local que contém o tumor.
O paciente recebe uma dose diária de radiação sem necessidade de internação, 5 vezes por semana.
Para realizar a teleterapia, é utilizado o cálculo de dosagem de radiação e envolve a demarcação na pele utilizando caneta, tinta e tatuagem, a fim de definir os locais exatos a serem bombardeados.
Vale ressaltar que as células cancerígenas são mais sensíveis à radiação, porém as células sadias também sofrem agressão radioativa, e para que haja recuperação celular, há um intervalo entre as seções.
Os aparelhos mais utilizados na teleterapia são os telecobaltoterapia e os aceleradores lineares.
A telecobaltoterapia é uma técnica que possibilita o bombardeio do tumor por diferentes ângulos, a depender do planejamento terapêutico.
Nesse aparelho, a fonte utilizada é o cobalto-60. Esse aparato emite raios gama, que fica dentro de um cilindro metálico duplamente encapsulado. Com ele, é apontado o feixe de radiação bem no centro do tumor.
Já os aceleradores lineares, atuam emitindo energia a partir da aceleração de elétrons. Ao interagir com o tungstênio, a energia emite um raio X.
O raio X emitido pelo aparelho é parecido com o raio-x convencional, porém a velocidade dos elétrons é bem maior, causando agressão nas células alvo.
Além da teleterapia e braquiterapia, há outra modalidade de tratamento que envolve a radioterapia, trata-se da radiocirurgia.
Também chamada de radiocirurgia estereotáxica, o procedimento é uma modalidade de cirurgia de tumores não invasiva, usada para tumores malignos e benignos.
Trata-se de um tratamento de dose única através da grande carga de radiação ionizante, que usa o acelerador linear com o objetivo de atingir somente a área de tumor não atingindo deste modo as áreas adjacentes.
A radiocirurgia é o procedimento de escolha em lesões intracranianas como tumores malignos e benignos, distúrbios funcionais e malformações arteriovenosas.
Escolher entre radiocirurgia, teleterapia e braquiterapia, é uma decisão médica que envolve o biótipo do paciente, o tipo e localização do tumor, condições físicas e psicológica dentre outras.
LIMA, B. C; LOPRETO, C. A. R.; JUNIOR, L. C. L. Modalidades da Radioterapia: Teleterapia, braquiterapia e radiocirugia. Faculdades Integradas de Sete Lagoas, 2013. Disponível em <http://www.aems.edu.br>. Acesso em 23 de fev. de 2022.
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