Calendário de Vacinação

Vacina Pentavalente e Doses de Reforço – DTP, dT e dTpa.

A vacina penta ou pentavalente é a combinação de 5 vacinas em apenas 1 vacina sendo indicada 3 doses, aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida da criança sendo que o intervalo recomendado entre as doses é de 60 dias, com o mínimo de 30 dias.

Quais são as doenças que a vacina penta protege?

A vacina pentavalente produz imunidade contra 5 doenças:

  1. Difteria (D);
  2. Tétano (T);
  3. Coqueluxe (P, relacionado ao “P” de Bordetella pertussis, agente da Coqueluche);
  4. Hepatite B (HepB);
  5. Haemophilus influenzae tipo B (Hib).

Quando aplicar a pentavalente?

A vacina penta deve ser administrada aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida da criança sendo que o intervalo recomendado entre as doses é de 60 dias, com o mínimo de 30 dias.

Pentavalente (DTP+Hib+ Hep B)

  • 1ª DOSE: AOS 2 MESES;
  • 2ª DOSE: AOS 4 MESES;
  • 3ª DOSE: AOS 6 MESES.

Segundo o Ministério da Saúde (2014), a vacina pentavalente e a DPP são contraindicadas após o 7 anos de idade.


Doses de reforço da pentavalente

As vacinas DPT, dT são reforços da vacina pentavalente.

A vacina penta é indicada para serem administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade da criança com intervalo mínimo entre as doses de 30 dias e intervalo máximo de 2 meses.

Se a criança não apresenta as 3 doses, basta completar o esquema da pentavalente respeitando o limite de idade de 6 anos, 11 meses e 29 dias.

Agora, se a criança ao tomar a 3ª dose de pentavalente, e no cálculo, ultrapasse esta idade, a criança em vez de receber a penta, receberá a dT (difteria e tétano).

Além disso, após ser administradas todas as 3 doses da penta, a criança receberá a primeira dose de DTP de reforço somente com intervalo de tempo de 6 meses depois da vacina penta.

Caso a idade passe de 6 anos, 11 meses e 29 dias, a criança não mais receberá a DTP e sim a dt.

Lembre-se de que:

  • A penta = 2, 4 e 6 meses ( 6 anos, 11 meses e 29 dias);
  • DPT = 15 meses e 4 anos (pode ser aplicada até no máximo 6 anos, 11 meses e 29 dias);
  • dT = a cada 10 anos, depois dos 7 anos de idade da criança.
  • dT= a cada 5 anos em casos da mulher engravidar ou quando o paciente apresentar ferimento.

A dT deve ser administrada a cada 10 anos, no entanto, se houver ferimentos e gestação, deve ser administrada a cada 5 anos, com 3 doses entre 30 a 60 dias de intervalo.


Criança com 6 anos de idade sem nenhuma dose

Você está na unidade básica de saúde, e eis que chega uma criança que não tomou nenhum dose de DTP.

Neste caso, você vai administrar a primeira de DTP, e diante da impossibilidade de manter o intervalo de 6 meses entre as doses, pois a criança completará 7 anos de idade.

Você deverá agendar a dT para cada 10 anos depois deste primeiro reforço.

Deste modo, a criança não receberá a 2ª dose de reforço da DPT.

A Política Nacional de Imunização (2019), trouxe uma grande novidade: Caso haja impossibilidade de administração da vacina DTP, a pentavalente poderá ser administrada como dose de reforço.


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Quais são as doenças que a vacina DPT protege?

A vacina DPT protege contra difteria, tétano e coqueluche.

Quais são as doenças que a Vacina dT protege?

A vacina dupla bacteriana tipo adulto, protege contra difteria e tétano.

É composta por toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas por bactérias causadoras do tétano e difteria.

Além disso, a vacina dT apresenta na sua composição, sal de alumínio, água destilada e cloreto de sódio.

 


Quando o profissional de saúde deve adiar a vacinação da penta?

Quando o paciente apresentar:

  • Febre média ou alta, deve adiar a vacina até melhorar sintomas para não se atribuir à vacina as manifestações da doença;
  • Crianças com riscos de hemorragias, como em casos de trombocitopenia, hemofilia, uso de anticoagulantes e distúrbios de coagulação). Nestes casos, pode ser utilizado via subcutânea para administrar a vacina.

Quem não pode tomar a vacina pentavalente?

Crianças com 7 anos ou mais de idade não devem tomar a pentavalente.

Além disso, também não podem tomar a vacina pentavalente, os pacientes que tiveram reações em dose anterior, como palidez e sensação de moleza nas primeiras 48 horas, reações alérgicas nas primeiras duas horas, convulsões nas primeiras 72 horas ou encefalopatia aguda nos primeiros sete dias após a vacinação.


Dose

0,5 mL, por via intramuscular no deltóde direito.


Forma farmacêutica

A vacina penta é totalmente líquida, na forma de suspensão injetável.

Apresenta-se em ampola, contendo 1 dose de 0,5 ml.


Precaução

Deve-se tomar o cuidado para não administrar a vacina por via intramuscular em pacientes que são portadores de distúrbio de coagulação ou trombocitopenia, pois há o risco de sangramento.

Nestes casos, deve-se utilizar agulha fina e fazer pressão bem firme no local da aplicação, sem esfregar durante 2 minutos.

Por sua vez, em pacientes com doenças febris moderadas a graves, deve-se adiar a vacinação até a resolução do quadro, para não atribuir os sintomas da doença à vacina.


Vacina dTpa para gestantes

A vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, conhecida como dTpa, ofecere proteção contra difteria, tétano e coqueluche.

Vale ressaltar que, a sua principal função é proteger a criança contra a coqueluche.

Assim, toda gestante receberá um reforço de dTpa preferencialmente a partir da 20ª semana de gestação.

Isto fará com que o feto receba anticorpos contra a coqueluche conferindo-lhe maior proteção.

Caso a gestante não tenha como comprovar que recebeu as 3 doses de pentavalente ainda quando criança, ela deverá receber a primeira dose de dTpa e mais duas doses de dT com intervalo de 30 dias.


dTpa para profissionais de saúde

Profissionais de saúde, considerando o histórico vacinal de difteria e de tétano a cada 5 anos. Outras pessoas tomarão a dT de 10 em 10 anos.

 


Resumo

Pentavalente = 2, 4 e 6 meses, preferencialmente com intervalo de 60 dias entre as doses e intervalo de 30 dias. Pode ser administrada até os 6 anos, 11 meses e 29 dias (Penta, 2, 4 e 6 meses);

Reforço da pentavalente – A criança receberá 2 doses de reforço através da DTP, aos 15 meses e 4 anos de idade, sendo que o intervalo entre a última dose da pentavalente seja de 6 meses. O reforço DTP poderá ser administrada na criança com idade máxima de 6 anos, 11 meses e 29 dias. Após esta idade, poderá receber como reforço a dT (DTP, aos 15 meses e 4 anos).

As vacinas Pentavalente e DTP estão contraindicadas para crianças a partir de 7 anos de idade.

A 3ª dose da vacina pentavalente não deverá ser administrada antes dos 6 meses de idade.

dTpa = Gestantes preferencialmente com idade gestacional igual ou superior a 20 semanas, podendo ser administrada até o fim do período de puerpério.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf>. Acesso em 01 de dez. de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento das Doenças Transmissíveis. Nota Informativa nº 35, de 2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MS. Informa as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2018. Brasília/DF, 2017. Disponível em: <https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Imuniza%C3%A7%C3%A3o/SEI_MS%20-%20Nota%20Informativa%20135%20-%20mudancas%20no%20calendario%20nacional%20de%20vacinacao%202018.pdf>. Acesso em 01 de dez. de 2021.

 

 

 

 

 

Marcus Vinícius

Enfermeiro, Servidor Público, Coordenador Técnico do CAPS 1 de Lagoa da Prata-MG, empreendedor e blogueiro que dedica parte do seu tempo para a partilha de material de grande qualidade relacionados a Enfermagem e Sáude Pública.

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